ontem saí de casa e entrei num prédio
cheio de homem morto
eles me perguntaram que horas eram
meu relógio ficou mudo
disse quase meio dia
agradeceram
saí e vomitei
o chão já sujo.
toma cuidado
te meto um murro
prabrir caminho.
vi a tv
vindo lenta
pisquei e era outro canal
duas três vezes
sorriu pra mim um homem loiro
uma mulher feia
de peito feio
(grito na janela)
não tem filhos eu espero
nenhum filho mamaria nisso
tóxico
ela vomita porra
e sorri pro brasil.
já sem sapato
queimando o chão com o pé
puxo o ar tossindo
cheiro de vazio e de fumaça
só uma velha na rua
ela come minha carteira
fujo de patins
deixo meu cabelo de armadilha
ela engasga e tropeça
consigo me esconder.
É UMA TROPA
o céu raio
uma flecha que é um osso de dinossauro
esmaga um poste
TREME
meu prédio sumiu
não me importo
pés milhões na fumaça
gritando revolução
derrubando os troncos e engolindo grama
eles são
verde-marrons
em forma de cobra
andando de quatro.
TRÊS MILHÕES
demáscaras.
cavo um buraco
buraco cavado
entro nele
e furo meu olho
chuto a terra
até abafar.
domingo, 29 de novembro de 2009
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
p/ &
aquilo é aqui, nós em si.
era um dois sem pesar: um dar as mãos descontrolado, dentre todas as coisas... segurar a gente como se fosse um tufão passando. um perdoar de beijo
mesmo sem erro.
andando deitado com olhos na luz que reflete você. gosto de sentir a água. ondas.
ser dois sem deixar de ser. colocar um chapéu na cabeça e tirar. eu sempre pergunto como levantar as pernas. fomos ao trem só ouvir o barulho.
duas moças passaram e não vimos, só depois. na luz você me disse tchau e voltou. não tava nublado.
um helicóptero que não
fazia barulho nenhum. e cobrir os olhos e sentir o cheiro de gordura. e sentir o enjôo passar. morder.
os dois braços entraram no mesmo casaco. as quatro pernas enrolaram um laço. os vinte dedos fizeram uma trégua. nós
andamos até um semáforo quebrado
mas foi fácil atravessar.
um bater de
asas
ou ovos.
liguei o ventilador e desliguei a televisão
ver você outra.
coloquei o dormir em rodas e fui passando pela estrada sem relógio esperando ficar escuro, mas ainda assim gosto de ver paisagem. um-dois. esticar os cotovelos...
olho-no-olho revirado dois-em-um. aqui assim.
era um dois sem pesar: um dar as mãos descontrolado, dentre todas as coisas... segurar a gente como se fosse um tufão passando. um perdoar de beijo
mesmo sem erro.
andando deitado com olhos na luz que reflete você. gosto de sentir a água. ondas.
ser dois sem deixar de ser. colocar um chapéu na cabeça e tirar. eu sempre pergunto como levantar as pernas. fomos ao trem só ouvir o barulho.
duas moças passaram e não vimos, só depois. na luz você me disse tchau e voltou. não tava nublado.
um helicóptero que não
fazia barulho nenhum. e cobrir os olhos e sentir o cheiro de gordura. e sentir o enjôo passar. morder.
os dois braços entraram no mesmo casaco. as quatro pernas enrolaram um laço. os vinte dedos fizeram uma trégua. nós
andamos até um semáforo quebrado
mas foi fácil atravessar.
um bater de
asas
ou ovos.
liguei o ventilador e desliguei a televisão
ver você outra.
coloquei o dormir em rodas e fui passando pela estrada sem relógio esperando ficar escuro, mas ainda assim gosto de ver paisagem. um-dois. esticar os cotovelos...
olho-no-olho revirado dois-em-um. aqui assim.
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