ontem saí de casa e entrei num prédio
cheio de homem morto
eles me perguntaram que horas eram
meu relógio ficou mudo
disse quase meio dia
agradeceram
saí e vomitei
o chão já sujo.
toma cuidado
te meto um murro
prabrir caminho.
vi a tv
vindo lenta
pisquei e era outro canal
duas três vezes
sorriu pra mim um homem loiro
uma mulher feia
de peito feio
(grito na janela)
não tem filhos eu espero
nenhum filho mamaria nisso
tóxico
ela vomita porra
e sorri pro brasil.
já sem sapato
queimando o chão com o pé
puxo o ar tossindo
cheiro de vazio e de fumaça
só uma velha na rua
ela come minha carteira
fujo de patins
deixo meu cabelo de armadilha
ela engasga e tropeça
consigo me esconder.
É UMA TROPA
o céu raio
uma flecha que é um osso de dinossauro
esmaga um poste
TREME
meu prédio sumiu
não me importo
pés milhões na fumaça
gritando revolução
derrubando os troncos e engolindo grama
eles são
verde-marrons
em forma de cobra
andando de quatro.
TRÊS MILHÕES
demáscaras.
cavo um buraco
buraco cavado
entro nele
e furo meu olho
chuto a terra
até abafar.
domingo, 29 de novembro de 2009
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2 comentários:
mórbido.
Cê não deveria ter escriturido este trequinho em outubro? Ok, essa foi péssima. Tudo bem, ela foi "quase" péssima. Ela nem alcançou os requisitos para ser péssima.
Não ria, mas eu vi a escrita do Chico nisto:
"uma mulher feia
de peito feio
(grito na janela)
não tem filhos eu espero
nenhum filho mamaria nisso
tóxico
ela vomita porra
e sorri pro brasil."
Tudo bem que eu tenho visto a escrita do Chico em qualquer lugar, nos últimos dias. Eu vou SURTAAARRRGHHHH!
"já sem sapato
queimando o chão com o pé" = 'meu sapato já furou, minha roupa já rasgou, eu não tenho onde morar...' Eu lembrei de Chacal, mas preferi citar o samba.
Eu faria uma piadinha sobre roteiro, mas o nível das minhas piadas não está dos melhores. Por isso, fica nisso.
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