quinta-feira, 11 de março de 2010

senhor romance

dele e disse que ele nunca mais ia fazer isso com ela, voz calma, pausada, só o nariz meio tremendo, e o olho vermelho ainda, e virou as costas e foi embora, e ficou só ele lá parado olhando a porta fechada e as coisas dela espalhadas que ela não fazia questão de buscar porque em paris tem tudo novo e íam pagar bem. Não deu tempo de se arrepender, foi direto pro ódio - só pra ficar mais mal depois. Ela era mais bonita quando ele ficava mal, mas ele não contava isso pra ninguém.

Um comentário sobre como todas as discussões são iguais - interioriza-se - e banalizando, vamos assim, despersonalidade e catequese - até o cheiro dela já sumiu, virou parede - até a gente escrever uma obra-prima. e aí vende.

não tem rosto
não tem língua
só uma descrição acurada e poética de um sofrer préprocessadopós
no qual o meu fôlego vale tanto quanto o passado mais que verdade descrito
só um
rondó de cimento
para o meu amor
lá longe de tudo
porque sabe que não
tem mais.