a indecisão geométrica do rei
é o fim.
Um passo
outro passo
e um monstro-
rasteja muy ridícula uma farsa.
Dos olhos muito muitos da estrada
uma lua se espalha sem pesar -
o asfalto entre o musgo é apenas
o asfalto entre o musgo.
Sem relevo e sem pressa de poema
pus-me pronto e louco a explorar
a explorar o fim do verso e do mundo todo;
encontrei apenas rimas sem seu par.
Solução: um mundo de rastejo;
resposta: um universo absorto em lar -
a narrativa não lhe cabe mais, poeta
a história não lhe deve mais um fim.
Somos todos infinito heroísmo
ou então as paredes vão cair;
os gemidos já lhe faltam um castigo
os passivos mereciam fim melhor --
despejemos então um possível medo
d'um desejo fatal, um perdão agora.
(gritos túnel nave moça)
Não, não há saída --
As palavras se dissolvem, oração.
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