sexta-feira, 11 de outubro de 2013

há buracos confusos na terra

o que meus olhos fazem é não respeitar
poços saltados terra batida.
Eu comi as minhas bochechas com azeite
no sol, sem sombra, sorrindo.

(meus sorrisos de maré não são tão falsos:
profetizam o seu chão.
E você derruba
a si mesmo
(não importa se é sonho)
os meus dentes ofuscam o seu olhar.
O eclipse vibra.)

Andar rumo ao sol
como se portasse majestade
não há respostas a pés que não pousam
não há paredes.

Um buraco todo preenchido de buracos preenchidos deitado
falta de educação ficar olhando.
todos os prédios do mundo são 60% alcaçuz
nunca choveu.
Quem consegue correr voa.

Nuvem não vê porque nuvem vive
e um moço pisa chão por chão
até o chão ser
fosso
e um salto, olimpíada.

Eu ando invisível entre as árvores do paraíso
eu penso (proibido) nas paredes do moço de mãos grandes
eu expiro as valsas; não há mais passos.
Eu mostro os vales, eles não vêem.

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