quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Conjunto

A folha descendo muito devagar sem ninguém ver -- as crianças estão aí perto, sabe, brincando, só correndo uma atrás da outra sem pensar muito -- mais tarde eles vão à igreja, e vão fechar os olhos juntos e pensar juntos -- você pode chegar mais perto? eu nem consigo ver o seu rosto direito -- a praça anda tão cheia de gente, eu ouço a música do meu quarto -- à noite, todos se encontram e falam sobre nada importante -- o assobio que não se sabe de onde vem percorrendo tudo -- eles jantam em casa à noite, sem falta, faz tempo, você sabe -- o espaço vazio na madrugada -- todos entrando silenciosa e respeitosamente, olhos no chão... -- a mão dela na mão dele, sem planejamento nem... --- a água se espalhando para todos os lados possíveis, os pés e pernas voando -- o chute para longe e o assombro -- ela pede com voz manhosa e baixa, por favor, deixa eu ficar -- as mãos que procuram o certo -- o pedido sem coragem -- ela disse que me ama, sabe, eu nem podia...

Um comentário:

Anônimo disse...

*_* "nem podia".....
curiosa. xD
hehehe

não contei, mas ainda é aquele treino?

esse faz mais sentido que o último texto seu que li, não lembro se foi necessariamente aqui que li.. mas ok.
;*