sábado, 10 de maio de 2008

Arte

Se vê tudo isso e ainda reclamam; acima do morro o céu se parte ao meio e é coisa de cinema, tão bonito que é falso, parece que pintaram cartaz e botaram em cima. Terrinha hesitante afundando de pé em pé: o ar é doce, de conto-de-fada.

O que há de s'admirar são os espaços vazios, as lacunas que s'atravessa com tanta sem-cerimônia, pouco vistas, pouco bem quistas, pouco tudo, por isso tão perfeitas.

Contornos ensolarados em ombros; meu amor de nanquim.

O topo da toca de tudo, e é lá. Se é assim, entrelaçado. A garganta e os olhos e tudo se fecham, não há mesmo capacidade pra se continuar. De todos os lados.

Deita-se no chão, cai-se, não sei. Não sabe. Palavra não há, após isso. Talvez só palavra disso.

3 comentários:

Anônimo disse...

"Deita-se no chão, cai-se, não sei. Não sabe. Palavra não há, após isso. Talvez só palavra disso."

PQP!


P.S.: Melhor comentário que alguém já deixou aqui.

Anônimo disse...

O show de truman! /o/
xD

:/ já dizem por aí: nós somos nossos piores inimigos....

Bela disse...

talvez o nosso pior feito tenha sido extender nossa necessidade de compreensão pras coisas que simplesmente [i]são[/i],e não requerem uma real reflexão até você chegar na conclusão: "é, isso [i]é[/i]".
belas, horripilantes, etc. qualquer adjetivo vai depois do verbo, nesse caso.