quinta-feira, 24 de julho de 2008

Tentativa

Saxofonando sua voz, ela só ecoa...
Não pode reverter, é claro que não: isso tudo era irresponsabilidade e demência e besteira e achar que algo assim... Desrespeito.

Bebop, tanto faz.

UM ATO SÓ - BINÓCULOS


Ele não sabe o quanto andou, papum acordado. Estalo de dedos e se dezumbifica. Olhos no chão e - não, você não pode estar... - os corpos não cheiram tanto quanto ele esperaria que cheirassem, mesmo sendo tantos e aquilo era pra ser um deserto, os desertos não deviam ser vazios?, ecoando na cabeça e pro chão.


Não é mais Guerra nem nunca foi, é só suor. Ele sabe.
Le même,
La Môme, tanto faz, ele não se arrepende de nada: esse é o espírito, amigão! A cama encharcada desse jeito e não faz diferença, sai do quarto um James Bond de roupão e eu nem sei que hotel é esse, prazer, senhor Ming, isso é... a China? Ela ainda ecoa mesmo longe.


Um jogo de lego: olhos abertos e finalmente talvez entenda. Tardemais, too little too late, buh bye little boy, have a merry-go-ride, já desliza. Cai longe e tenta andar pelos cantos, mas ainda é uma desculpa, como é mesmo, MacMuffin?

Tampa do ralo: o amor só serve assim, no beco.



Talvez, talvez. Ainda se afasta demais... Mas vai servir, vai acordar: sem vitória nem espaço dentro dele mesmo, eles vão entender, ok.




(Transcri
ção dos cadernos de
Maiakovski!)

3 comentários:

Bela disse...

você cumpre muito bem a tarefa de não fazer sentido nenhum.

Tiago Maranhão disse...

Hunter Thompson e Jack Kerouac ligaram... eles querem seus cacoetes de volta.

Anônimo disse...

"Sem forma revolucionária não há arte revolucionária".

Não que eu concorde plenamente com isso...