quarta-feira, 15 de outubro de 2008

atualidades

meu rosto

torto ângulo caído encostado esforço inútil. Representativo do jeito mais canalha e medíocre possível. É assim que vocês gostam?

Eu só gostaria que todo mundo soubesse que eu tou tentando, tou fazendo meu melhor, tou me esforçando, mesmo, de verdade. E estou disposto a fazer o que for necessário e a ser o que for necessário e a



Guilherme se filma enquanto alguém filma a filmagem, é tudo verdade. Se fosse explicitamente 1984-ístico seria muito mais simples e fácil, mas algum idiota achou que cinza seria uma boa idéia e metáforas seriam boas idéias e agora olhar no olho de quem olha não é mais o suficiente e escrever que nem um idiota não é mais o suficiente nem os anglicismos escondidos tão evidentes nem nada porque tudo pode significar qualquer coisa e você está inevitavelmente falando sozinho e se sente inútil e preso entre o incompreensível e o expositivo e irremediavelmente estúpido e mesmo a tentativa de autoconsciência é uma proteção e uma fuga e às vezes a consciência (a outra) faz você se sentir mal e você tem que simplesmente dizer a verdade

seja lá o que isso seja

24h por dia, sem folgas, pra competir com o youtube - e perdendo. terminar de digitar e acrescentar a literatura

ela estava desligada o tempo todo, vamos fazer tudo de novo, mais emoção dessa vez!

6 comentários:

Clementine disse...

"Guilherme se filma enquanto alguém filma a filmagem, é tudo verdade."

Nem é verdade. São apenas imagens. Apure seu ceticismo, criança!

"Se fosse explicitamente 1984-ístico seria muito mais simples e fácil,"

Era só postar um "O grande irmão zela por ti" e pronto, né?

"ela estava desligada o tempo todo, vamos fazer tudo de novo, mais emoção dessa vez!"

Viu, nem era verdade, Gui. Mas, ainda assim, eram imagens. A câmera estava desligada, mas não o cérebro do leitor. Aí as palavras geraram imagens. Mas as imagens já sumiram. Elas sempre somem. Tudo some. Tudo é sem sentido. Agora eu já comecei associar sentido à imagem. Legal, né?

Comentário gerado pelas mentiras/imagens: Putz,o mundo tá deprê ou sou eu quem está?

Jimmy disse...

não seja tolinho, você sempre esteve certo esse tempo todo. Um escritor, ao escrever uma fábula fantástica, não precisa penetrar em sua moral, ele deve ser fiel somente a sua imaginação e deixar de lado esse compromisso tosco com um/a possível realidade/sentido.

Jimmy disse...

foi kipling que disse isso, btw

Illyana B. disse...

to isso tou aquilo.. e eu tendo crises e alucinações, imaginando a atendente de telemarketing falando: "bom dia, em que podemos estar ajudando? Aqui é fulana, com quem falo?"
e outra coisa> odeeeeeeeio quando não terminam o que estão falando!!! eu sou curiosa por natureza! :O

a câmera ficou filmando (nada) esse tempo todo?! xD
se não tem vídeo, não fez de novo coisa nenhuma u.u

por que perder tempo tentando ser bom quando a tendência hoje é a deterioração de tudo que já foi bom um dia... um idioma, uma cultura, um ideal, um meio de comunicação, palavras.... palavras ficam, mas será que o sentido e a idéia se conservam?
é como um painel maia numa pirâmide deles... será que arrancar as unhas era algo tão bárbaro assim ou é só nossa concepção comandando os fatos?
somos tão efêmeros e estamos sempre tentando ser lembrados... debalde.

e eu acho que me perdi em devaneios enquanto me indignava na falta de um vídeo :/

Mourão disse...

Desculpe a intromissão, mas a câmera NUNCA está desligada.

Anônimo disse...

Cara as cenas forma bem demarcadas, deu pra "ver" o que acontecia, mesmo sendo tudo encenação, mesmo sendo tudo comedido soa como natural, soa como não ensaiado. E os erros meu caro, os erros são frutos das edições.

Ah sim, a falta de vírgula, e outros sinais gráficos além do parenteses, em um parágrafo é proposital?