quarta-feira, 10 de outubro de 2012

a ronda

só moça
sempre moça
dentes mansos
desliza
dançarina
pés no lago.

os velhos
gargalhantes
sem os olhos
abjuram
mastigam
o diabo.

o guarda
bem morrer
salvo em si
castelante
cavalgando
qual vazio.

o filho
gigantesco
penetra
ri
dissolvido
bêbado de prazer.

os anjos
mãos nas lanças
incendiados
cinzentos
assobiando
a marselhesa.

e eu
meus sopros
decantados
moedas
valises
carma de ver.

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