Houve uma vez um homem de Ribeirão Preto; nós nos conhecemos em uma festa na casa do Paulo e ele usava um turbante e dançava com esqueletos de mentira que não podiam parar em um lugar só.
Ele me disse Oi meu nome é (...) e nós podemos dançar agora, não podemos e eu disse a ele Eu não danço eu sento nas cadeiras e minhas pernas são fracas e ele puxou meus braços e dançamos até que eu machucasse o pé e caísse no chão.
Sua mão era meio doce sem articulações e tremia um pouco quando caí e os dedos (...)
talvez não tivesse sido tão inteligente quanto eu pensava e agora o corpo caído na sala de estar com as pernas cheias de sangue e a língua estrebuchada e não tinha como saber que ela era uma porra de uma viciada e falando nisso a porra ainda escorrendo do meio das pernas dela ia ser tão fácil de identificar que ai meu deus devia ter
Era uma vez um homem que escrevia histórias até que um dia uma delas, sobre um casal que se conhecia em uma festa e alguns problemas chegavam, tornou-se realidade e ele foi preso por suspeita de que ele fosse o casal e o verdadeiro homem não foi preso porque ele era muito muito esperto, e soube se acalmar e eliminar as provas e se aproveitar da ingenuidade dos escritores.
Fale conosco, nós precisamos de uma conclusão, uma solução, por favor!, e eu respondi a eles todos que não sabia como fazer, que não era possível, e eles disseram Não importa, nós precisamos de uma fechadura!, e assim eles se aproximavam mais ainda com as mãos ameaçadoras e os olhos e gritando Nós não somos apenas uma plateiazinha que você pode engambelar, nós exigimos uma história de verdade!, e então eu estiquei meus braços para a prateleira mais próxima e vi o nome do livro e vendi minha alma (senti a folha talvez cortando algum pedaço de alguma coisa) e consegui dizer em voz esganiçada alguma resposta e rabiscar a folha impressa com um ponto final e eles disseram Está bem por hora. e se afastaram de mim e foram embora e eu fiquei sentado no chão lendo ouvindo os gritos do quarto ao lado.
domingo, 31 de agosto de 2008
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Phelps & Mewtwo: 1 ensaio
Em Tangiers, à beira da roleta:
- seduz-me se podes
- sempre posso.
Moral da história: UB ERA LLES
As criaturas do futuro: lulululuz.
- Moralmente inaceitável, tsc.
- seduz-me se podes
- sempre posso.
Moral da história: UB ERA LLES
As criaturas do futuro: lulululuz.
- Moralmente inaceitável, tsc.
sábado, 23 de agosto de 2008
À
sim, sexo
sim, sex
sim, se
sim, s
sims
sins
so full of
soulful
sixties
some
so?
so I told him there couldn't be a will
he agreed.
desfaçatez, enfim...
how can I how can I how can I how can I disse o prefeito pendurado no parapeito, pé pra trás, pensando pouco na morte que talvez chegasse nos próximos segundos - pardon me! e casabaixo, chãoacima, um ponto uma poça uma pôça vermelha, uma môça olha de lado e sente o cheiro quente.
I remain true to you, my darling
I do
I do
I do
- você?
- sim,
e o corpo se derrete e é só the tiniest pieces of geléia, e essa é a história de como eu me atrasei, meu bem, eu juro, why would I miss the most important day das nossas vidas? now shut up and kiss me, amor. assim, mais doce, kinkier, sem leveza, você é meu grief, pra sempre.
[As línguas se confundem, diz E. F. Gallardo, formado em Lingüística em Harvard, um dos maiores expecialistas do mundo, com a boca cheia de alfajores de cogumelos - ele diz isso uma, duas, seis vezes até que se cansam dessa palhaçada e bang bang bang, he shot me down, bang bang, elvis presley tem um novo amigo para comer.]
signed
Eloisa to Abelard
os amantes de antes?
não-solucionados, ainda
bem
i do (not) miss
tu
(do outro lado)
sim, sex
sim, se
sim, s
sims
sins
so full of
soulful
sixties
some
so?
so I told him there couldn't be a will
he agreed.
desfaçatez, enfim...
how can I how can I how can I how can I disse o prefeito pendurado no parapeito, pé pra trás, pensando pouco na morte que talvez chegasse nos próximos segundos - pardon me! e casabaixo, chãoacima, um ponto uma poça uma pôça vermelha, uma môça olha de lado e sente o cheiro quente.
I remain true to you, my darling
I do
I do
I do
- você?
- sim,
e o corpo se derrete e é só the tiniest pieces of geléia, e essa é a história de como eu me atrasei, meu bem, eu juro, why would I miss the most important day das nossas vidas? now shut up and kiss me, amor. assim, mais doce, kinkier, sem leveza, você é meu grief, pra sempre.
[As línguas se confundem, diz E. F. Gallardo, formado em Lingüística em Harvard, um dos maiores expecialistas do mundo, com a boca cheia de alfajores de cogumelos - ele diz isso uma, duas, seis vezes até que se cansam dessa palhaçada e bang bang bang, he shot me down, bang bang, elvis presley tem um novo amigo para comer.]
signed
Eloisa to Abelard
os amantes de antes?
não-solucionados, ainda
bem
i do (not) miss
tu
(do outro lado)
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Esopo
Era uma menina chamada Carmen, era uma menina era uma menina era uma menina. Claro que chamar de menina é menosprezar - um pouco de afastamento irônico, ai de mim - , esses substantivos todos diminuídos e falseados... 1995, talvez mais: recém saída do colégio, recém saída de nós e recém saída da graça de não ser necessário fazer decisôes: era hora de escolher profissão e virar mulher, talvez nessa ordem.
Preenchimento de uma folha: pior que querer escrever, ela me disse, em uma das vezes que me ligou chorando... Era feliz ou dinheiro? Não a menospreze por essa dicotomia, por favor... Não quero fazê-la parecer tão mentalmente simplificada, é claro! Há de se dizer que eu nunca fui vítima de tal brutalidade: há muito tinha decidido que era mesquinho demais esse caminho e resolvi trilhar o meu próprio, mesmo não o sabendo muito bem. Foi então um dia antes do prazo máximo que decidiu: filosofaria-se! Sem mais medo de pais, de dinheiro, de ver-se: minha Carmem queria ser pensadora.
Sumiu-se por tempo até a hora as listas: fui procurá-la e o espanto: Carmen Érica Borges, 1º lugar em economia. Quebrei minhas regras e liguei exigindo explanações: por acaso sentiu que era necessário mentir para mim? De todos eu era o que menos a julgaria, é claro (o que era mentira). A voz chorou: eu também não sei! Eu juro que era filosofia... Não sei o que aconteceu. Lá vou lá resolver isso amanhã.
Deu-se tudo por resolvido, tudo certo: vieram mais provas e mais acertos e mais sucesso, e uma noite memorável onde decidiu me ver, talvez um pouco enebriada, não sei se de si mesma ou de algo a mais. Carmem, pensista.
Foi então que chegou: o começo já do ano, bolsa, ânsia. Indicações de como chegar ao curso no bolso, cavalgou e foi. Desembarcando lá e: o prédio dizia grande: Economia. Irritou-se com a peça... Entrou e perguntou onde é que se filosofava. Disseram risada, que aquela era faculdade séria e não tinha disso não. Exasperoussaindo e foi andando todo o espaço, parando de porta em porta e perguntando como Carmen chegaria ao seu lugar - sempre a negativa total.
Voltou à casa suada, chorada, tremida: fui lá vê-la e abraçar. Minha Carmem só sabia dizer essas quatro palavras: "Não é possível..." Um pouco catatônica, acho. Passa-se: repetiu o cronograma mais seis ou sete vezes, sempre telefonando para lá e recebendo a resposta de que o curso estava lá, ora essa, e que seria de bom tom que ela fosse logo cursá-lo!, ora, senão perderia seu lugar.
No fim resignou-se: em mais uma ida viu novamente seu nome economicado e entrou pé hesitante: sentou meio morta e viu as aulas pelos próximos anos, formou-se e ficou rica. Casamos em 2000.
(texto meio nãoblog, mas.)
Preenchimento de uma folha: pior que querer escrever, ela me disse, em uma das vezes que me ligou chorando... Era feliz ou dinheiro? Não a menospreze por essa dicotomia, por favor... Não quero fazê-la parecer tão mentalmente simplificada, é claro! Há de se dizer que eu nunca fui vítima de tal brutalidade: há muito tinha decidido que era mesquinho demais esse caminho e resolvi trilhar o meu próprio, mesmo não o sabendo muito bem. Foi então um dia antes do prazo máximo que decidiu: filosofaria-se! Sem mais medo de pais, de dinheiro, de ver-se: minha Carmem queria ser pensadora.
Sumiu-se por tempo até a hora as listas: fui procurá-la e o espanto: Carmen Érica Borges, 1º lugar em economia. Quebrei minhas regras e liguei exigindo explanações: por acaso sentiu que era necessário mentir para mim? De todos eu era o que menos a julgaria, é claro (o que era mentira). A voz chorou: eu também não sei! Eu juro que era filosofia... Não sei o que aconteceu. Lá vou lá resolver isso amanhã.
Deu-se tudo por resolvido, tudo certo: vieram mais provas e mais acertos e mais sucesso, e uma noite memorável onde decidiu me ver, talvez um pouco enebriada, não sei se de si mesma ou de algo a mais. Carmem, pensista.
Foi então que chegou: o começo já do ano, bolsa, ânsia. Indicações de como chegar ao curso no bolso, cavalgou e foi. Desembarcando lá e: o prédio dizia grande: Economia. Irritou-se com a peça... Entrou e perguntou onde é que se filosofava. Disseram risada, que aquela era faculdade séria e não tinha disso não. Exasperoussaindo e foi andando todo o espaço, parando de porta em porta e perguntando como Carmen chegaria ao seu lugar - sempre a negativa total.
Voltou à casa suada, chorada, tremida: fui lá vê-la e abraçar. Minha Carmem só sabia dizer essas quatro palavras: "Não é possível..." Um pouco catatônica, acho. Passa-se: repetiu o cronograma mais seis ou sete vezes, sempre telefonando para lá e recebendo a resposta de que o curso estava lá, ora essa, e que seria de bom tom que ela fosse logo cursá-lo!, ora, senão perderia seu lugar.
No fim resignou-se: em mais uma ida viu novamente seu nome economicado e entrou pé hesitante: sentou meio morta e viu as aulas pelos próximos anos, formou-se e ficou rica. Casamos em 2000.
(texto meio nãoblog, mas.)
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
mar
ele contou todas as mentiras
e ela disse que tudo bem
eu soube que era pra ser
e corremos pra trincheira.
e ela disse que tudo bem
ummar
mar
eu soube que era pra ser
e corremos pra trincheira.
domingo, 17 de agosto de 2008
quotidiano
menina matou menino com travesseiro
três vezes, ontem, às cinco e sete da manhã.
direto da central.
(Trilha sonora: Can You Get to That - Funkadelic; Jogadores: Brecht e Hilda Hist; Cenário: Orson Welles; Análise: Sócrates, jogador, não filósofo.)
Q: Perde muito da força no final, talvez fosse melhor cortar algo, dividir, passar pedaços para outro texto. A dialética não se resolve, é mais uma fuga do que uma tentativa.
A: Nunca é uma coisa só, você lê até onde quiser. E é um cadáver ensangüentado, mas não explico como.
três vezes, ontem, às cinco e sete da manhã.
direto da central.
(Trilha sonora: Can You Get to That - Funkadelic; Jogadores: Brecht e Hilda Hist; Cenário: Orson Welles; Análise: Sócrates, jogador, não filósofo.)
Q: Perde muito da força no final, talvez fosse melhor cortar algo, dividir, passar pedaços para outro texto. A dialética não se resolve, é mais uma fuga do que uma tentativa.
A: Nunca é uma coisa só, você lê até onde quiser. E é um cadáver ensangüentado, mas não explico como.
sábado, 16 de agosto de 2008
Aut'ode
É a história de escrever sentado com a janela aberta... Um rapaz sentadescrevendolivrocerto até que a porta explode -- gente corre adentro, armaduras leves e pintadas de preto e saltam táticas vazio! Ponto vermelho na testa dele: DON'T MOVE! Três mil buracos antes da respiração antes de piscar antes de uma tecla -- o pitbull com nariz de palhaço vasculhando tudo com a lupa emprestada de Sherlock Holmes, "muito bem, senhores... essa evidência é irrefreável!", e ele nem mesmo sabe falar português direito! As gavetas vão à bancarrota umauma: uma vida toda de azar, desmembrada e tal... incrível como o cômodo se transforma tão rápido, metamorfose dos aflitos e logo chega: homem de terno e bigode, sorrindo de cara fechada, um chapéu perscrutante voando por aí. Tevê ao alto, smash, ponto, game, set and match! É o recordista, de todos eles mesmo, você não sabia? Mandozoutros pra fora com um retorcer de nariz: feiticeiro, contador. A planilha se desenrola testamentaica, pentatêutica, moisézica: papiraopé! Começa a desfilar palavra sem fim, ecoando redonda explosiva, ondas de concussão, prendendo na parede: sangue pelos olhos.
A mão deixa para a p(r)ost(-t + p)eridade um grito rouco e burro:
era só ela
de tarde e de manhã
deitada desse jeito
com a mão na minha
e obviamente não é suficiente; que dúvida, murcho depois no retorcido pedaço de pós -- eles partem pra outra.
A mão deixa para a p(r)ost(-t + p)eridade um grito rouco e burro:
era só ela
de tarde e de manhã
deitada desse jeito
com a mão na minha
e obviamente não é suficiente; que dúvida, murcho depois no retorcido pedaço de pós -- eles partem pra outra.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
crítica
Os alienígenas querem que vocês finjam, mas o certo é dizer:
a arte se reproduz.
Mariana era uma menina feliz até o dia em que percebeu que tudo era virtual. Foi um escândalo e um desastre, os dedos queimados e cheios de vidro eram aflitivamente eróticos. A resolução chegou quando ela saltou para o vazio.
Então: a questão principal no tratamento de tais temas é o modo pelo qual você os analisa. Era isso que dizia, enfim, o homem com os dedos nos meios das pernas do cadáver de Mariana, pupeteiro que ele era, luznosol ecoando na cabeça da máquina descrever enquanto as letras se re partem aos trilhões e len t am ent e vãããa~~~ ~~o esc
or
r
endo
e a arte
é tão bonita que nem dá pra entender.
Você não entende nada.
Claro que entendo. Você que é um idiota.
Eu não tinha visto por esse lado...
Pois é. É só uma conversa sobre hipertexto e a função da arte e como ela pode funcionar mesmo sem ser tão compreensível e as tramas e a existência e consciência de como elas são frágeis... Talvez?
a arte se reproduz.
Mariana era uma menina feliz até o dia em que percebeu que tudo era virtual. Foi um escândalo e um desastre, os dedos queimados e cheios de vidro eram aflitivamente eróticos. A resolução chegou quando ela saltou para o vazio.
Então: a questão principal no tratamento de tais temas é o modo pelo qual você os analisa. Era isso que dizia, enfim, o homem com os dedos nos meios das pernas do cadáver de Mariana, pupeteiro que ele era, luznosol ecoando na cabeça da máquina descrever enquanto as letras se re partem aos trilhões e len t am ent e vãããa~~~ ~~o esc
or
r
endo
e a arte
é tão bonita que nem dá pra entender.
Você não entende nada.
Claro que entendo. Você que é um idiota.
Eu não tinha visto por esse lado...
Pois é. É só uma conversa sobre hipertexto e a função da arte e como ela pode funcionar mesmo sem ser tão compreensível e as tramas e a existência e consciência de como elas são frágeis... Talvez?
E FEZ-SE A LUZ!
(no barraco da Lindinha foi festanoite toda; mesmo sem pagar, microondas e tevê! beijou ele que nem há muito tempo atrás e dormiu tão descansada que dava gosto ver...)
(no barraco da Lindinha foi festanoite toda; mesmo sem pagar, microondas e tevê! beijou ele que nem há muito tempo atrás e dormiu tão descansada que dava gosto ver...)
sábado, 9 de agosto de 2008
Trajetória
- Eu não quero ser uma flecha.
- Isso não é escolha sua.
Ele nunca conseguia andar em linha reta, era até engraçado... Sei lá. Queria dançar. Mas além de tudo ainda faltava espaço, deixa pra lá, que besteira, pára com isso e vai trabalhar. Calo.
3 anos depois, o ensaio geral: já era ele. Causado, calçado, causo.
- Isso não é escolha sua.
Ele nunca conseguia andar em linha reta, era até engraçado... Sei lá. Queria dançar. Mas além de tudo ainda faltava espaço, deixa pra lá, que besteira, pára com isso e vai trabalhar. Calo.
3 anos depois, o ensaio geral: já era ele. Causado, calçado, causo.
terça-feira, 5 de agosto de 2008
estòriarreal
Eram dois sentados em uma casa enorme, com móveis de menos, no tapete, olhando para a parede, sem dizer nada.
E então Deus desceu do céu coberto de luz e absurdo e assustador e terrível e disse alguma coisa em alguma língua impossível de entender.
E então ela saiu de lá e pegou o carro e foi para longe, e ele saiu de lá e se alistou no exército e morreu, e a casa foi vendida e foi derrubada e lá fizeram um hotel que deu muito dinheiro.
E ela não estava grávida.
Tente de novo:
dois casa deus carro morte hotel dinheiro.
A verdade é que ele não conseguiu escrever o livro sagrado e todos se decepcionaram; ele nem esperou que brigassem, saiu de casa e arrumou um emprego que o levasse para longe e todos esqueceram que ele existia. E foi melhor assim.
A verdade é que ela quis viajar para o Texas e lá encontrou petróleo e ficou muito rica e se converteu a outra religião e teve três maridos e ficou por lá e todos esqueceram que ela existia. E foi melhor assim.
(a verdade é que todo recomeço é um ato de perversão premeditado.)
E então Deus desceu do céu coberto de luz e absurdo e assustador e terrível e disse alguma coisa em alguma língua impossível de entender.
E então ela saiu de lá e pegou o carro e foi para longe, e ele saiu de lá e se alistou no exército e morreu, e a casa foi vendida e foi derrubada e lá fizeram um hotel que deu muito dinheiro.
E ela não estava grávida.
Tente de novo:
dois casa deus carro morte hotel dinheiro.
A verdade é que ele não conseguiu escrever o livro sagrado e todos se decepcionaram; ele nem esperou que brigassem, saiu de casa e arrumou um emprego que o levasse para longe e todos esqueceram que ele existia. E foi melhor assim.
A verdade é que ela quis viajar para o Texas e lá encontrou petróleo e ficou muito rica e se converteu a outra religião e teve três maridos e ficou por lá e todos esqueceram que ela existia. E foi melhor assim.
(a verdade é que todo recomeço é um ato de perversão premeditado.)
Resumo
Nunca foram escritos & nunca existiram & não importa & ela dá aulas & ele não & foram presos por tráfico de drogas & assassinados por serial killer & queda de avião & revolução & prédio desabando & desconstrução & de mentira.
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
V
Saiu sem nem ter de abrir a porta.
- Hoje eu quero trepar com alguém que eu não conheço.
A parede parecia mais cinza, até. O gemido meio baixo. Girando sem enjoar.
Não sentindo nada a não ser o que interessa.
É, assim.
- Hoje eu quero trepar com alguém que eu não conheço.
A parede parecia mais cinza, até. O gemido meio baixo. Girando sem enjoar.
Não sentindo nada a não ser o que interessa.
É, assim.
Enquadrado: baixa fotogenia.
- Eu sei... só não queria você longe.
Andando no escuro muito claro, um pouco de fotofobia e muita multidão.
Mas pelo menos perto.
Queria concordar mais.
- Eu sei... só não queria você longe.
Andando no escuro muito claro, um pouco de fotofobia e muita multidão.
Mas pelo menos perto.
Queria concordar mais.
impossível & razoável
(culpa e o quê? sem hipocrisia não seria arte.)
(pedantismo, tantoquanto se quer.)
(é assim que ficamos, nem mais nem menos: pessoal e mentiroso.)
(desculpa? você sabe que não é exatamente isso.)
(desculpa.)
[deu-se por satisfeito e terminou.]
(assim.)
(culpa e o quê? sem hipocrisia não seria arte.)
(pedantismo, tantoquanto se quer.)
(é assim que ficamos, nem mais nem menos: pessoal e mentiroso.)
(desculpa? você sabe que não é exatamente isso.)
(desculpa.)
[deu-se por satisfeito e terminou.]
(assim.)
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