domingo, 31 de agosto de 2008

Limerick adulterada

Houve uma vez um homem de Ribeirão Preto; nós nos conhecemos em uma festa na casa do Paulo e ele usava um turbante e dançava com esqueletos de mentira que não podiam parar em um lugar só.
Ele me disse Oi meu nome é (...) e nós podemos dançar agora, não podemos e eu disse a ele Eu não danço eu sento nas cadeiras e minhas pernas são fracas e ele puxou meus braços e dançamos até que eu machucasse o pé e caísse no chão.
Sua mão era meio doce sem articulações e tremia um pouco quando caí e os dedos (...)

talvez não tivesse sido tão inteligente quanto eu pensava e agora o corpo caído na sala de estar com as pernas cheias de sangue e a língua estrebuchada e não tinha como saber que ela era uma porra de uma viciada e falando nisso a porra ainda escorrendo do meio das pernas dela ia ser tão fácil de identificar que ai meu deus devia ter

Era uma vez um homem que escrevia histórias até que um dia uma delas, sobre um casal que se conhecia em uma festa e alguns problemas chegavam, tornou-se realidade e ele foi preso por suspeita de que ele fosse o casal e o verdadeiro homem não foi preso porque ele era muito muito esperto, e soube se acalmar e eliminar as provas e se aproveitar da ingenuidade dos escritores.

Fale conosco, nós precisamos de uma conclusão, uma solução, por favor!, e eu respondi a eles todos que não sabia como fazer, que não era possível, e eles disseram Não importa, nós precisamos de uma fechadura!, e assim eles se aproximavam mais ainda com as mãos ameaçadoras e os olhos e gritando Nós não somos apenas uma plateiazinha que você pode engambelar, nós exigimos uma história de verdade!, e então eu estiquei meus braços para a prateleira mais próxima e vi o nome do livro e vendi minha alma (senti a folha talvez cortando algum pedaço de alguma coisa) e consegui dizer em voz esganiçada alguma resposta e rabiscar a folha impressa com um ponto final e eles disseram Está bem por hora. e se afastaram de mim e foram embora e eu fiquei sentado no chão lendo ouvindo os gritos do quarto ao lado.

5 comentários:

Cidadão ³ disse...

Palmas, palmas!

Illyana B. disse...

um escritor assim deveria temer a própria mente. eu acho que chamam isso de esquizofrenia. xD

Jimmy disse...

rs*

Marlon disse...

FODA

Anônimo disse...

Essas pessoas na sala de jantar. Essas pessoas na sala de jantar.